Acervo

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Rodada de quarta 12/04/17


Flamengo 2x1 Atlético-pr

Num Maracanã lotado, o duelo de rubro-negros teve dois tempos distintos. Sem Mancuello, fora por problemas intestinais, Zé Ricardo optou pela escalação de Trauco como meia pela esquerda mantendo o tradicional 4-2-3-1. Com Gabriel muito disciplinado taticamente do outro lado e Márcio Araújo fazendo uma partida excepcional Diego ganhou toda a liberdade para se movimentar por onde quis, criar a superioridade numérica e aparecer para finalizar. Foram 25 minutos de muita intensidade. Dois gols, uma bola no travessão e outra boa chance perdida. O Flamengo merecia e poderia ter saído para o intervalo com uma vantagem maior.

Mesmo em desvantagem, o furacão não abandonou o seu estilo de jogo. Teve mais a bola. Rodou com paciência o jogo. Só não finalizou tanto como poderia. Mesmo sofrendo com as costas de Sidclei, setor no qual já passara por maus momentos diante do Deportivo Capiatá. Bastou o time carioca baixar sua intensidade na etapa complementar para o Atlético ser o dono do jogo. Estivesse completo, com Lucho González e Grafite em melhor forma física e o resultado poderia ter sido outro.

De qualquer forma o resultado mantém os dois brasileiros na briga. O Flamengo lidera o grupo. Mas vai precisar ganhar em casa da Universidad Catolica, além de conseguir pelo menos um bom resultado fora de casa. Já o Atlético vai depender do que fizer na Arena da Baixada. Se o dever de casa for bem feito, ambos se qualificam a próxima fase.

Palmeiras 3x2 Peñarol

Eduardo Batista manteve o 4-1-4-1 que vem sendo a base do Palmeiras nessa temporada. Felipe Melo muito bem entre as linhas. Intimidando na cara feia. Sem abusar da violência. Mesmo quando provocado. Guerra e Tche Tche (excepcionalmente ontem muito mal na partida) por dentro. Dudu na esquerda. William alternando entre a direita e como um segundo atacante, tentando não deixar Borja tão isolado a frente. Por 45 minutos nada funcionou. O Peñarol não queria a bola. Ou melhor fazia só ligação direta para afastar a bola da sua meta. Com o confronto físico prevalecendo e com o baixinho Arias explorando a falta de velocidade do lado esquerdo da retaguarda alviverde não foi surpresa ver o time uruguaio sair na frente em uma cobrança de escanteio e ainda perder outra boa oportunidade de ampliar o marcador.

Bastou o verdão ter 15 minutos de intervalo para se acalmar que o panorama mudou radicalmente. Em cinco minutos, o placar já era favorável ao time paulista. Aos nove, Borja desperdiçou um pênalti. Aos 12, novamente o colombiano perdeu cara a cara com Guruceaga. E o Palmeiras foi empilhando e desperdiçando as chances que criava para matar o jogo. Foram duas bolas na trave. Uma delas incrível, digna de Inacreditável Futebol Clube de William depois de driblar até o goleiro. Aos 30, em mais uma bola parada, o Peñarol que a essa altura já buscava mais o jogo, tentando explorar os espaços deixados por um alviverde que mesmo com a vantagem continuava atacando, empatou a peleja.

O verdão voltou a pressionar. Continuou criando e perdendo chances (foram 10 no segundo tempo). Mas ainda se mostrava nervoso em excesso. Quando Dudu caiu na pilha uruguaia e foi justamente expulso por reclamação parecia que a vaca tinha ido pro brejo. Mas esse Palmeiras tem algo de diferente, quase mágico. Assim como acontecera contra o Jorge Wilsterman, foi buscar uma vitória que parecia um empate certo na última bola da partida. Com Fabiano. Um lateral limitado, mas de muita estrela. Que fez o gol que garantiu o título brasileiro do ano passado. E que deu três pontos que não só colocam o time na liderança do grupo como dão tranquilidade para os jogos fora de casa.

Só não é preciso sofrer tanto. Na bola, o Palmeiras é muito melhor do que seus adversários. Coisas de um torneio diferente como a Libertadores. O time irá aprender. Mesmo se nada der certo, sempre haverá a magia da última bola do jogo!

Inter 1x1 Corinthians

Jogo quente no Beira-Rio por tudo que se falou sobre a troca de Valdivia e Giovanni Augusto. Também por resquícios do brasileiro de 2005 e da história do dvd. O Inter no seu 4-2-3-1. Com Rodrigo Dourado e Edenílson (este saindo mais para o jogo, principalmente pela direita) como volantes. Nico Lopez e Uendel pelos lados. D'alessandro flutuando e Brenner na referência. Carrile montou o timão no 4-1-4-1. Sem Jô e com Jádson poupado, jogou com Gabriel entre as linhas. Rodriguinho e Maycon por dentro. Romero e Marquinhos Gabriel nos lados do campo e Claiton como atacante. Era um Corinthians mais ofensivo, mais solto do que o usual.Controlando menos a bola e sofrendo muito mais sustos na retaguarda.

A etapa inicial foi disputada em ritmo alucinante. Com os goleiros sendo os grandes destaques. Foram oito chances claras de gol. Cinco do colorado que achou muitos espaços com D'alessandro transitando nas costas dos volantes, por dentro. E também pela direita onde William não era acompanhado por Marquinhos Gabriel. As triangulações por aquele setor ocorriam com o lateral medalha de ouro na Rio 2016, Nico Lopez e Edenilson. E levavam o cada vez melhor Arana a loucura. Carrile tentou corrigir isso já no fim do primeiro tempo trazendo Romero para a esquerda e Marquinhos Gabriel para a direita.

Na volta do intervalo, o técnico alvinegro colocou Marququinhos Gabriel como atacante (até ser substituído por Giovanni Augusto). Trouxe Claiton pra acompanhar as descidas de William e voltou com Romero para a direita. Com isso, Arana pode fazer o que faz de melhor. Apoiar. Aos sete, foi de seus pés que veio o cruzamento para o gol de Romero, fechando pela direita. Aos 11, o colorado empatou com Rodrigo Dourado, de cabeça, se antecipando a Pablo. Com um gol marcado fora de casa o timão tratou de se fechar. E voltou a sua habitual forma. Pouco criou na frente (apenas um oportunidade com Giovanni Augusto). Mas pouco sofreu atrás.

Na volta, o Corinthians passa a ser favorito. Até porque o Inter terá que sair para o jogo. E o time paulista poderá jogar da forma como gosta. Fechado, controlando a bola. Criando pouco ofensivamente. Mas sofrendo menos ainda lá atrás. E ainda joga em casa. A equipe gaúcha terá que fazer o "jogo do ano" para passar. Torço para que tenhamos mais um grande espetáculo. Como foram os primeiros 45 minutos de ontem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário